quinta-feira, dezembro 22, 2005

Que Seja Eterno

Encontrei,
Quem tanto procurava,
Demorei,
Neste tempo mais me apaixonava,

Ela compreende-me,
Nas minúcias de minha vida,
Alegra-me,
Até nas horas de partida.

Sem me obrigar,
A dar-lhe nada em troca,
Faz-me de emoção pular,
Quando em meu coração toca.

Foi difícil e complicado,
Perceber,
Cheguei até a sofer,
Agora descanso aqui alíviado.

É uma grande relação,
Com algum conflíto,
Bastante emoção,
Um amor verdadeiramente bonito.

Se ela me chama,
Eu vou,
Ela sabe quem eu sou,
E o mais importante, ela me ama!

Nesse romance ,
Não há traição,
E se tiver vem logo o perdão,
Acompanhado de mais uma chance.

Sei exatamente,
O que é amar,
É deixar-se contente,
E sorridente se levantar.

Apaixonei-me, quem diria...
Reciprocamente,
Não sou mais um penitente,
Apaixonei-me pela poesia.

terça-feira, novembro 22, 2005

Amar

Talvez não diga nada além,
Do que foi dito, por mim,
Entretanto dessa vez há um porém,
Essas novas palavras,
Correspondem a um real sentimento.

Não que todas as outras,
Não tenham sido reais,
Tampouco que não tenham,
Lhes faltado sentimentos,
Mas desta vez,
O sentimento é exacerbado!

Posso desta vez,
Ser considerado piegas,
Ou um tanto leviano.
Mas qual amante não é?

Todos aqueles que amam,
Fazem comparações absurdas,
Crêem que na existência de algo,
Que eles próprios não podem suportar,
Acreditam que o mundo é mais belo,
Do que a própria beleza!
Fazem do real o seu verdadeiro ideal!

Foi isso que encontrei em ti!
Um ideal realizado,
Uma existência externa,
Que chego a chamar de eterna,
Pois esse viver é algo mais.

Foi esse algo mais que encontrei em ti,
Coisas que só são encontradas na perfeição,
Não quero dizer-te, aqui, que tu és perfeita,
Isto está longe de ocorrer,
Ainda bem!

O que estou me referindo,
É que sem dúvida, você tem seus defeitos,
Quem não tem?
Todavia são as imperfeições mais belas,
Que eu já vi em minha vida.

São tão fáceis de se aceitar,
Que chega até ser ridículo,
Não querer te amar!

É nesse mar de facilidade que quero me aprofundar,
Quero descobrir a cada dia mais, teus gostos,
Teus vícios, tuas virtudes,
Teus carinhos, teus maltrates,
Tuas tristezas e alegrias
Quero saber de tudo,
Quero me afogar naquilo que seja você,
Ir fundo na unidade contigo.

As coisas são de tal forma,
Que enfrento mares e montanhas,
Para estar ao teu lado,
Em qualquer manhã.

Sei que essa é uma idéia vã.
Mas isto pouco me importa!

O que me importa,
É estar ao teu lado,
Sentir o teu cheiro,
E segurar em tua mão!

Segurar a tua mão...
Gesto mais singelo e puro,
Quiçá seja o gesto que mais traduza o amor.
Pois a mão somente é estendida,
Para quem precisa,
No entanto os amantes,
Dão-se as mãos de forma igual,
Como se falassem:
- Preciso de ti nesta hora!

Mesmo que tu, ainda, não sintas,
O mesmo que sinto por ti,
Quero que tu sejas livre,
Para um dia me querer,
Se isso acontecer,
Almejo segurar em tua mão,
Representando pela primeira vez,
A frase:
- Te amo!

Porque, hoje,
Estar contigo,
De certa maneira,
É encontrar-me!

segunda-feira, novembro 21, 2005

Se Formatando a informação

Digamos que exista um fato,
Histórias contadas sobre este,
Nem sempre são verdadeiras,
Ou poderia dizer quase nunca?

Se há alguma verdade,
Ela se perdera,
Com a criação de outras versões,
Contando agora a aversão aos fatos!

Com isso, mesmo que sejamos verdadeiros,
Estaremos mentindo,
Nem sempre para nós mesmo,
Mas sem dúvida para a verdade!

Sempre formamos essa matéria,
Sem forma,
A nossa imagem e semelhança.
E o que era informação,
Passa a ser formatação!

Perdoe-nos ó verdade!
Pois esquecemos de ti.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Só sabemos esperar

A dor é grande,
E a garganta aperta demasiadamente!
As lagrimas caem mais uma vez.

Talvez o pior da morte,
Não seja o fato de que a pessoa se foi,
Mas que esperamos de mais por fazer as coisas!
E fica tudo, feito pelo não feito.

Espera-se muito tempo,
Até o tempo se acabar,
Assim vamos vivendo,
Até o final.

Quando menos esperamos, ele acontece!

É o fim.

Será?

sábado, outubro 29, 2005

INTENÇÕES DA IN-TENSÃO

Encontrar a in-tensão,
É viver num encontro harmônico,
Entre o conflito e a placidez.

Num eterno completar,
Na bifurcação dos opostos,
Concretizado na resolução,
Da crise,
Com a atuação da paz.

In-tensões se dão a dois,
Em buscas intensas.
De causas,
Para ocorrerem estes fenômenos.

A causa da in-tensão,
É a intenção.
Indubitavelmente, é impossível que algo aconteça,
Sem que não haja intenção.

Mesmo quando não se planeja,
A intenção sempre se encontra,
Porque não podemos esquecer,
Que existem dois pólos,
E mesmo que um não perceba,
O outro já terá uma intenção.
Isto é inevitável!

O Cosmos é desestruturado,
Mas as oposições binárias,
Tendem a se harmonizar,
Por meio das intenções,
Até estabilizar numa in-tensão.

Macro ou micro cosmicamente,
O efeito é sempre o mesmo,
Conectamos nossos conflitos,
Na placidez alheia.

Assim se funda a comunidade!

Se todo o meu pensamento,
Parece-te uma confusão,
Te proponho uma pergunta:
Qual é a tua intenção?

domingo, outubro 09, 2005

Deixar existir

As coisas não fluem,
Sofrem sempre uma dominação,
É o externo se impondo na natureza!
Seja ela qual for.

De um lado encontramos a liberdade,
Do outro a necessidade universalizável.
Essas vontades são o que chamo de externo.

Dois lados de uma mesma moeda,
E por que não dizer: dois lados de uma mesma face?
A face de um ciclope,
Com sua visão monocular!

Vemos apenas o que queremos ver.
Observamos o que queremos dominar.
Somente podemos enxergar aquilo que nos sirva!

O que não se dobra as nossas vontades,
É esquecido por nós,
Perdendo o sentido!
Caindo no vazio.

Porém é no vazio que ele se encontra a sua existência!
Brotando com força, emergindo do poço abissal criado por nós,
E nos causando espanto!

Numa contradição tamanha,
É o próprio espanto que cria nosso pensamento!
Sem isto não existira as indagações, tão comuns aos homens.
Sendo assim o que foi jogado fora, deve ser reerguido.
E não dominado.

Nossa existência é buscar o que foi esquecido, por nós,
Nessa busca inacabável é que encontramos nossa essência!
Pois é somente assim que a verdade se dá,
É somente assim que encontramos nosso ser!

(Homenagem a Heidegger)

terça-feira, agosto 23, 2005

Algumas palavras pra vida

Como é difícil viver de poesia,
Se houvesse essa possibilidade, a faria,
Entretanto sei que passaria muitos dias,
Com minha barriga vazia!

Porque as palavras se perderam,
Tornaram-se meros símbolos,
Sem significado.
Não por falta,
Mas por excesso.

Bom era o tempo do duplo sentido,
Quando se podia brincar com as palavras,
Induzindo o que se queria dizer,
Sem que o leitor fosse perceber.

Seguindo uma idéia em linha reta.

Hoje esse caminho está tortuoso!
Não há mais como induzir o leitor,
Para que ele dance conforme a música,
A música pode ser a mesma, mas os ouvidos são outros.

Obviamente não deixarei de dar meus passos,
Muito menos de cantar minhas canções,
Pois não sou eu quem faz as poesias,
É a poesia que me faz.

Se hoje está tão difícil viver de poesia,
Pelas palavras trazerem com elas diversas outras,
A solução é mudar o sentido,
E fazer do agora uma poesia de vida.

sábado, junho 25, 2005

Perdi a perfeição

Perdi a perfeição!
Será difícil encontrá-la novamente,
Ela era tudo que eu precisava,
Mas não soube aproveitar!

Tentei não forçar nada,
Fui deixando acontecer,
Até que quando aconteceu,
Já não estava lá.

Nesse instante a pressa foi amiga da perfeição!

Encontrava-me em outro lugar,
No grande momento de minha vida.

Não posso negar que tive chances!
Porém não sei realmente se as tive.
Neste mundo de ilusão,
É difícil reconhecer a verdade.

Será que existe alguma verdade?
Se existir a verdade,
Então eu a omiti.
Omiti a verdade para ter tranqüilidade.

Tranqüilidade essa, que se acabou,
Quando me convenci de a perfeição não me acompanhava.
E nem podia me acompanhar,
Porque a perfeição habita ao lado da agilidade!

Creio até que a perfeição ame a agilidade,
Pois para que cheguemos à perfeição,
Como dizem: é preciso ter calma!

Sendo assim, a perfeição não procura à calma,
Pois nós já lhe oferecemos!
Todos amam aquilo que não tem!
E por isso a calma não faz falta para ela,

Ofereci coisas que ela já tinha!
Dons repetidos,
Não completam ninguém
Por isso eu não a completava.

Mas como eu, um simples mortal,
Posso completar a perfeição?
Toda perfeição é perfeita!
E por isso ela é o que ela é.

Tolo fui eu, em pensar que poderia tê-la!
Completar a perfeição é algo humanamente impossível.

Perdi a perfeição,
E será difícil encontrá-la novamente,
O ser humano não deve almejá-la,
Sua aparição nos leva ao sofrimento,
Pois para nós, ela sempre dirá não!

terça-feira, junho 21, 2005

As pessoas se unem umas com as outras para que?

Para tentar preencher suas vidas unas, e se completarem?
Para o simples luxo de ter alguém ao lado?
Para que?

Para selarem o contrato que diz, que ninguém deve ficar só neste mundo?
Para terem com quem contar depois que ficarem velhos?
Para serem vistas na sociedade de modo diferente?

Para aprender com a outra pessoa?
Para ensinar a outra pessoa?
Para não aprender e nem ensinar?

Para não ter mais medo de escuro?
Para não ter mais pensamentos absurdos?
Para não ter mais erros e apuros?

Para poder viver intensamente?
Para poder viver com mais calma?
Para poder viver deliberadamente?

Para rimar como eu estou rimando?
Para pensar como eu estou pensando?
Para falar como eu estou falando?

Para que eu não rimei nos primeiros versos?
Para que eu não os escrevi poeticamente?
Para que esta questão veio à minha mente?

Para que as frases?
Para que as frases negativas e positivas?
Para que as frases que falam da união?

Para que?
Para
que?

Chega de para quês?
Agora espero saber a resposta da minha pergunta!
Para sentir a paixão, para serem amadas e para darem amor!
Pois o amor serve para contaminar com os seres-humanos!

Viva o amor!
Viva o amor insanamente!
Viva-o como gente!

Mas para que?
Para que!?
Depois a gente vê!

quarta-feira, junho 15, 2005

Dor Lancinante

Dor lancinante,
Fez-me passar por amado,
Para depois me passar por amante,
E agora estou condenado.

Sabe quantas horas diurnas,
Passei pensando em ti?
Isso sem falar nas noturnas,
Toda noite sem dormir.

Por favor, não me ligue mais!
Não gaste mais o seu dedo,
Pois saiba que meu grande medo,
É ser passado pra traz.

Se algum dia me encontrar,
Na calçada,
Não pense que vou olhar,
Pra você minha doce amada.

Fiz tudo o que você quis,
Tentando te fazer feliz,
E como você me agradece?
Fica com outro. E me esquece.

Não espero que entenda minha desilusão,
E nem quero que isso aconteça,
Quero que devolva meu coração,
Antes que desapareça!

Mas não fique culpada,
Pelo o que eu falo,
Se ficares preocupada,
Então, sendo assim, eu me calo.

sexta-feira, maio 20, 2005

Diversos

Como explicar a existência,
Com duas estrofes e alguns versos?
Imagine então as próprias ciências,
Que tentam explicar pelo universo!

Para compreender toda essa pluralidade,
Se isso eu puder!
É preciso dois conceitos: o é e não-é.
E o meio-termo? Bem... ainda não existe a triversidade.

quinta-feira, maio 05, 2005

Hino sobre A DEUSA, que o Fiel pensava!

Agir de modo impensado é pior do que construir muralhas frágeis e deixar a Deusa de lado!
Do mesmo modo que o império do antigo Rei foi derrotado, o atual império também fora.
Não foi por falta das muralhas e nem mesmo por falta de resguardos da divina do elixir,
Ela protegera-o muito bem, mas o novato Rei não prestava os sacrifícios, necessitados.
Sendo assim a Deusa começara a quedar-se receosa e clamou pelo conselho: Panteão!
O Panteão foi formado por diversos Deuses e Deusas, porém só duas tinham poder.
Somente essas duas e a Deusa obtinham o verdadeiro poder,elas quiseram festejar.
Seria uma festa para rememorar o engenhoso elixir consagrado da terra lá do alto.
No entanto a terra do alto era da Deusa enquanto as outras moravam nas ribeiras.
Por isso a Deusa tinha de ir todas as semanas a pedreira que ficava cerca do rio.
Este rio era um dos quais fornecia a água para preparar o grande elixir divino.
O festejo aconteceria no reino, pois serviria para faze-lo lembrar da sua diva.
No festejo ritualístico, a Deusa esbanjou-se com o elixir. Ela beberia muito.
Tomava o elixir, esperando encontrar o Rei, para ver qual seria a oferenda.
Porém o Rei continuou com blasfêmeas, cometendo apostasia e pecados.
Pecado esse que é considerado dentre todos o pior.Traindo a sua Deusa.
O rei tomava o elixir das terras da Deusa antiga, mas fazia com outras!
Sim! Outras divindades! Deixando de crer na Deusa, que lhe dá tudo.
Proteção e amor!Muralhas, exércitos e batalhas triunfantes. O elixir!
Nada disso parecia agradar mais o rei, que bebia junto à outra diva.
A Deusa do alto então enfureceu-se, retirou-se do templo imperial.
Sem proteção divina os muros e colunas do império curvaram-se.
Serra e Barra, romperam-se, como era antes no terreno imperial.
Antes do imperador novato, derrotar o antigo rei, inexpressivo.
A Deusa sofre, pensando que pecou em dar proteção para ele.
Chora constantemente, sem nunca parar, as divinas lagrimas.
O antigo rei, que a carregava no seu estandarte com glorias!
Nada pode almejar para saciar a vontade de vingança dela!
Porque ele, como havia dito, seria fiel ao império celestial.
Vencendo a paixão pela Deusa do alto para ir pras razões.
Sem seus antigos fieis, a Deusa se sente sozinha, porém,
Não está! Ainda há o Panteão e a dupla de divas do rio.
Como em outras ocasiões, elas irão confortar a Deusa.
Porque não existe, ainda um novo império pra murar.
Tão pouco um imperador para saciar suas vontades!
Como nessa alegoria, a alegria da nossa divindade,
Esvaindo-se, uma a uma, letra a letra.Pra no final:
Descobrir que ainda restará a ela algumas coisas.
Sua terra, suas pedras, seus rios e o reino-elixir.
Que faz todo um Império, já no começo sorrir!
Sorria junto com ele! Porque será glorificado.
Seu sorriso, com seu perfume e seus lábios,
Derramaram sobre nos os mortais: Benção!
Pois de algum reino será sempre a divina!
FIM (porém esse hino não irá acabar dessa forma. garanto-lhes! Pois sobram letras e seu elixir)!

terça-feira, abril 26, 2005

Melhor Idade

Quando eu ficar velho,
Espero ter liberdade!
Para poder desfrutar,
O resto de minha vida, fora do mundo!

Tirar o peso que força meus ombros,
E flutuar pelo céu como nuvem!
Fontes de purezas gélidas,
Cortando o azul celeste.

Toneladas e toneladas,
De obrigações que recaem sobre meu dorso,
Enquanto ainda estou jovem.

Quando chegar a velhice,
Quero me sentir livre delas!

Não ter mais responsabilidades,
Com Deus,
Com a sociedade,
Com o país,
Com o trabalho,
Com as instituições,
Com os amigos,
Com a família,
Comigo.

Quero me sentir livre,
Da própria responsabilidade,
Que a liberdade traz!
Quero romper as barreiras da limitação.

Onde a escolha não é mais julgada,
Por seus fins! Muito menos por seus meios!
Pois ela não existirá.
Serei livre por não ter escolhas!

Quero ser puro azo,
No meio de dois universos!
Na ânsia de nunca ter vontade,
E no pensamento de não ter razão!

Mas infelizmente por este único detalhe,
Não serei livre definitivamente.
Tudo causado de uma abstração:
Homem animal racional!

Razão!
O ultimo junco antes da liberdade.
Aquele que conseguir nos livrar,
Será cativado pela loucura.

Aguardo que este seja eu,
A causar a única e ultima revolução!
Que nos dará o mais belo dos bens:
A paixão desmedida.

Quando eu ficar velho,
Espero estar louco,
Sem mais a palavra para me contradizer,
Apenas gestos desgovernados.

Somente como louco,
Conseguirei a liberdade,
Sei que não deixarei de ser.
Mas serei somente:
Poesia pura.

quinta-feira, março 31, 2005

A MURALHA NÃO PROTEJEU O FIEL E SEU CÉU

A perda de do império,
Um Imperador deposto,
Sem mesmo ter chegado ao pleno poder.

Certamente seu o exército era fraco demais,
A vinda de algum inimigo era eminente,
O soberano não quis aceitar os conselhos do seu melhor ministro,
Agora à frente das muralhas de seu Império encontrava-se o inimigo!

Cavaleiros armados até os dentes,
Canhões, lanças e espadas,
Tudo para penetrar as fracas muralhas,
Que sua administração falida ergueu.

Agora não adianta mais pedir auxílio,
Nem rezar para os deuses e muito menos para a Deusa,
Pois ela já está no estandarte do rival.
A única coisa que lhe resta a fazer render-se!

Após muito tempo sem saborear o elixir divino,
O domínio que o Imperador achava que tinha,
Foi se esvaindo proporcionalmente ao seu afastamento,
Afastou-se tanto que nem vontade de poder ele tinha mais!
Achava que suas fronteiras estavam seguras.

Mas no fundo, ele sabia que não!
Mas também não sabia como manter esse poder!
Sabia que não tinha vencido A BATALHA,
E não poderia vencer essa guerra!

No momento em que o exército inimigo avança para derrubar,
A ruída muralha de seu “Império fictício”,
A própria natureza ajuda o inimigo do Rei,
Um abalo sísmico, tão poderoso se formou,
Que derrubou as muralhas e ainda juntou:
A Serra com Barra.
Afundando seu reino num monte de poeira.

Seus deuses perderam, sua Deusa foi profanada,
O elixir foi tomado de maneira jamais vista,
A muralha agora inexistia, seu Império tão pouco!
O Rei rendeu-se enfim!

Quiçá este Rei encontre outro reino,
Um pouco afastado do terreno e mais perto do celeste,
Para que isso aconteça é preciso um novo poder,
Fundado sobre tudo no saber.
Mas para isso é preciso coragem!

Sem coragem outros de seus Impérios serão aniquilados!
Porque é preciso mais do que só pensar é preciso fazer!

domingo, março 20, 2005

SABÃO E A INSPIRAÇÃO

Por que não consigo pensar em nada?
Minha mente deve ter sido lavada.
Escoando a inspiração,
Como manchas de roupas junto com um sabão em fricção.

Junto com toda a água descendo,
Ralo à abaixo,
Da inspiração se esquecendo,
Na poesia não mais me encaixo.

Que tristeza!
Se foi minha única riqueza!
Logo agora,
E a obrigação me devora!

Obrigação sim!
De manter este adjetivo,
Pois ele não é definitivo,
Pelo menos para mim.

Se ainda fosse imortal,
Não precisaria de muitas obras,
Eu seria o tal.
E não ficaria com as sobras!

Porém imortal não sou,
E preciso dessas sobras,
E por isso faço manobras,
Faço rimas e um verso (lindo) se formou.

Mas com essa lavagem,
Não posso utilizar desta linguagem,
Está aí a minha dor,
Porque não cheguei na minha meta,
Não sou poeta,
Tão pouco escritor!

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Sem Título

Antes de qualquer coisa,
Explicarei porque parei de falar de amor!

Pensei,
Que já estivesse saturado.
Depois de todos os versos que já fiz,
E toda as formulações mentais sobre o assunto.
Resolvi parar, pois achei que não havia nada mais a dizer!

Enquanto isso:
Embrenhei-me em outros caminhos,
Alguns muito confusos,
Confesso!
Alguns outros, são bobagens,
Nada mais que isso!

Mas caminhos, são caminhos,
Todos eles têm um fim!
Ainda não encontrei nenhum!
No entanto não costumo desistir facilmente.

Lá vou eu, novamente,
Por vias que não entendo!
É melhor voltar ao ponto,
Antes que me perca.

Relatarei porque nunca mais falei de amor,
Agora, neste instante:
ESQUEÇA A SEGUNDA ESTROFE!
O que é a segunda estrofe, diante da ultima.
A ultima sempre é o fim!
A primeira o começo.
A segunda é só um meio,
E como meio, não tem em si uma finalidade!

Mas a estrofe anterior, também não pode se gabar!
Assim como a segunda ela também foi usada.
E como todas a outras serão, até que eu canse de escrever e você de ler!
Mas não se canse ainda!
Estes desvios todos, são somente para fugir de falar de amor!

O amor...
Ah o amor!
Tantas vezes dito,
E tantas vezes fingido!

Se fossem verdadeiras todas as vezes que falei de amor!
Teria sido um dos homens mais amados do mundo.

Entretanto não fui.
Nem verdadeiro,
Nem amado!

De que adianta, gastar palavras,
Se não são verdadeiras,
Tão pouco sentida?

Garanto-lhe que nada!

Nada!
A única coisa que não se pode amar!
Quem ama, ama alguma coisa!
E o nada não serve para ser amado.
Ele não corresponde a nada.
Descobri, agora, que só corresponde a ele mesmo.
Fecha-se no mundo do vazio.

É justamente por compartilhar do nada,
Pois não fui amado!
Que cheguei a conclusão que devia me calar.
E não falar nada, ou falar do nada!

Pois o amor é tudo!
E tudo eu nunca senti.


(dêem um título)

terça-feira, janeiro 25, 2005

EM CADA DESPEDIDA UMA LÁGRIMA

Em todas as despedidas sempre caem algumas lágrimas,
Que depois de sentir toda a pele do rosto,
Pode desembocar na terra,
Que a absorve rapidamente!

Essa emoção da partida,
Mesmo sabendo que o retorno é quase certo,
Deve ser causado pelo medo,
Ou pela saudade antecipada.

Se for causado pelo medo,
Digo-lhe que farei de tudo para retornar,
Se depender de mim,
Estarei aqui para continuar minha vida!

Se for fruto da saudade,
Sabe que ela é recíproca,
E esta que me fará volver ao lugar de partida,
Pois a saudade é a força magnética das relações!

O combustível da saudade é a falta,
E a falta só é sentida quando se esta longe,
Logo estar longe é essencial para o reatar dos laços!
Mas é preciso dosar este combustível, para que ele não seja de mais.
Pois muita falta gera esquecimento!

Esquecer uma relação é o fim!
Seu final se torna trágico,
Sem combustível, sem força e sem atração!
E a lágrima que pode escorrer da face,
Não é mais de saudade e sim de nostalgia!

Da relação que despediu,
Sem passagem de volta,
Pois o expresso do tempo!
Não faz o retorno sozinho!

sábado, janeiro 15, 2005

FIEL PENSANDO NO CÉU

Parece que todo o universo,
Foi criado somente para nós,
Não conseguirei exprimir em versos,
O momento em que estivermos a sós.

Enquanto esse momento se aproxima,
Basta-me apenas te admirar:
Olhar o teu olhar, o seu jeito de falar,o teu perfume cheirar.
Então para expandir minhas emoções e assim de tudo ficar por cima,
Um dia te darei um abraço bem apertado e sentirei seu beijo molhado.

Minha deusa que desce das alturas,
D´um mundo em que brota o elixir,
Diante de todas as outras fulguras,
Fazendo de principio o império sorrir!

Digo-lhe uma verdade:
Diga-me onde quer ficar
Porque também quero estar.
Aceite isso com sinceridade.

Pois isso é uma grande verdade!
Não me importa as condições de tempo e espaço,
O que você quiser eu faço.
Dou-lhe até minha liberdade!

É me entregando,
Que espero te ter, isso se você quiser.
Escute o que estou te falando:
Quero te ter mulher!

Desculpe se estou sendo tão evidente,
Mas não posso controlar minha mente,
Basta pensar em você,
Você, você, você...

terça-feira, janeiro 11, 2005

Maldito Erro

Sempre é difícil,
O caminho de um começo!
Pois ele é que dará inicio a todo o resto.
Se errar agora, tudo mais estará amaldiçoado!

Por isso o começo deve ser bem trabalhado.
Para que não caia na maldição de um final errado.
Esta maldição realmente assusta:
Chegar no fim de algo e descobrir (ou não) que todo o caminho percorrido,
Não é mais do que um erro. Algo que não serve e deve ser descartado.

O tempo em que se perde em um erro,
Vale por dois de um acerto.
Pois um errar pode ser mais rápido do que acertar,
Mas quando se erra é preciso inventar outro modo de começar.
E o começo sempre é difícil e por ser difícil é demorado.

O erro é um deserto,
Quando estamos com sede,
Um gelo quando estamos com frio,
Um outro amor quando estamos enamorados.
Um erro de nada adianta, de nada complementa,
Só atrapalha.

Queria eu começar sempre acertando!
Fugir do erro logo de cara,
Mas por muitas razões,
E uma delas porque sou humano,
Erro!
Errar é humano.
Tanto no começo como no fim!

Não há como saber se erramos,
No começo ou no fim.
Justamente porque os meios não nos indicam nada.
Os meios que seriam os nossos informantes,
Se calam!
Ou nós não os escutamos.

Mas para que escutarmos algo que está errado?
Para sabermos onde está errado.
Mas isso não adiantaria,
Pois somos humanos e erramos.

Somente no fim descobri que foi um erro escrever tudo isso! Terei de começar novamente...

domingo, janeiro 09, 2005

Elementos da Desgraça Humana

O espaço aguarda,
O calor da tristeza.
Todo o universo,
Frio e sem emoção!

Choram aqueles que esperam a vida,
Pois não há futuro para além da eternidade.
Tudo é tão perfeito, que se esqueceram do que é.
Estagnados com o lume superficial do ser humano.

E a terra que suporta calada as esperanças,
Ri das nossas idéias, mesmo sabendo que pensamos em destruir-la.
Vamos terra! Ria enquanto existe o tempo!
Ria das nossas desventuras, que tu chamas: comédia!

Espalha o vento, as intrigas dos macacos sem pelos.
Transparente na maioria das vezes, pois tem medo de mostrar-se.
Sua face não só espantaria o movimento como também o repouso.
Sopra-se mais forte nos locais sem proteção.
Coitado dos oprimidos!

A água de onde surgiu esta completa miséria,
Talvez seja a maior culpada!
Fez a vida (como diz a ciência) e destruiu os homens (como diz a fé).
Mas ainda estamos aqui! Mas o mesmo não podemos dizer sobre a vida!
Talvez tenha corrido rio abaixo, para leitos mais calmos.
Atitude típica daqueles que não agüentam a verdade!

A chama que insiste em se apagar. Não mais queima a desordem.
Ao menos na inquisição ela queimava a ira de quem estava certo.
A certeza de quem produz uma luz inexata. Que nos faz virar a face.
Nem mesmo a verdade suporta a nossa espécie.

Vibremos agora!
Não há mais nada para nos preocuparmos.
Simplesmente porque não há mais nada!
O fogo que ainda queimava a água apagou,
A água que ainda molhava o vento levou,
O vento que ainda soprava a terra parou,
A terra que ainda suportava a vida matou,
A vida que ainda animava o universo sugou.

Não restou um minuto para falar do tempo,
Pois o tempo acabou!

terça-feira, janeiro 04, 2005

A BATALHA

O amor me corre das mãos,
Todas as vezes que me apaixono.
Quase sempre fugindo para as mãos de outrem!
Outras vezes, fica mesmo só.

Sozinha,
A espera de um amor,
Talvez à espera do meu amor!
Talvez, quem sabe?

A dúvida é maior que meu agir,
Minha adversária, e de meus amores.
Deslealmente me ataca:
Pois ela sabe do futuro!

Rotineiramente também o sei,
Perderei mais uma batalha amorosa,
Porque me entregarei covardemente.
Sem mesmo pisar no campo de batalha.

Paro diante do Talvez!
Somente por seu olhar já me curvo!
Tremendo, por temer o que pode acontecer,
Saiu da arena da paixão, querendo nunca ter estado lá!

Esta fuga,
Me consome por dentro,
Fico sem minha vida por algum tempo.
Sem honra, sem vida e sem amor.

Mas com desilusões!

A dúvida ganha duplamente.
Ganha as batalhas do presente,
E as do futuro também,
Pois nesta rotina, sei que perderei,
Não tentarei mais lutar, então!

Darei graças à minha eterna vencedora!
Me aproximarei da solidão.
E com ela farei minha armadura,
Para evitar novas batalhas.

Espero que desta armadura,
Saia uma ligação, com minha nova companheira!
Tal ligação, poderia ser até mesmo afetiva.
De modo que me apaixone perdidamente por ela.

Sentido o fogo ardente de minha paixão,
A dúvida virá novamente me convocar para a arena,
Mas desta vez estarei protegido,
Por minha amada solidão!

Mesmo assim estarei com medo,
Dentro de minha couraça inviolável,
Mas desta vez, não sairei do meu lugar,
Estarei bem protegido.
Minha amada lutará comigo.

Ofuscada pelo brilho reluzente,
De minha armadura,
A dúvida não poderá jogar-me seu olhar,
E pela primeira vez, começarei vencendo.

Alegro-me por sentir o gosto da pequena vitória,
Dispo-me, dolorosamente da solidão,
E sigo enfrente.
Deixando para traz, uma luta que agora não é mais minha,
SOLIDÃO X DÚVIDA.

As duas, que a principio eram continuação, uma da outra,
Pois a solidão era a única companheira que me restava depois de qualquer batalha,
Agora se engalfinham, invejosamente!
As duas já não lutam por mim, mas por outra coisa que já não sei bem o que é.

Vendo está cena,
Virarei meu corpo, depois de passar pelas duas,
Para onde jamais experimentei estar:
No ponto logo após a dúvida.

Lá onde se encontra a certeza,
De que o amor de uma mulher,
Vale mais do que o medo do talvez,
E do que a armadura salvadora da solidão!

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Princípio da Grande Paixão

Bem como é a minha primeira publicação quero lhes apresentar a minha teoria sobre o amor!

PRICÍPIO DA GRANDE PAIXÃO (INEXISTÊNCIA DO AMOR) Embora ainda reluto para coloca-la até agora, vou coloca-la mesmo assim ciente de que causarei transtornos em suas mente.

O que é o amor? O amor é o sentimento mais puro do universo. Sem ele somente haveria o caos e a desordem. Qual a duração do amor? O amor é infinito. Mesmo que se acabe todo o mundo e os outros mundos, mesmo assim ele existirá. Ele independe da nossa existência e de qualquer existência. O amor é o que é. Essencialmente ele.

Até ai todos concordam? Creio que sim! É possível chegar a esse amor com outro ser humano? Tirando alguns iluminados, não! Infelizmente nossa sociedade é muito efêmera, onde tudo é passageiro, não temos consciência do infinito, sendo assim não temos consciência do verdadeiro amor. Como não sabemos o que é o amor não podemos espessa-lo e compartilha-lo com quem a gente "ama". Nossa vida é somente ligada a nós mesmos, o que nos faz perder a cada dia o sentido do amor. O que nós chamamos de amor, não passa apenas de um chorume imperfeito do verdadeiro amor!

Se não é amor o que nós temos? De mais aproximado do amor é o que eu chamo de GRANDE PAIXÃO. E com o relacionamento de um ser humano com o outro, essa grande paixão vai se corrompendo e se modificando em coisas menores. E como se classificam essas coisas menores?

GRANDE PAIXÃO: quando o sujeito acha que ama alguém, e não consegue parar de pensar nele todo o tempo. E faz qualquer coisa por ele. E se sente bem quando esta a seu lado. É o que se chama de amor.

AMIZADE: o sentimento com o passar do tempo a relação vai se extinguindo e vai se tornando cada vez menor, à vontade que existia antes de estar do lado da pessoa já não é tão forte e todas os acontecimentos ligados a essa paixão também perdem a força.

TOLERANCIA: todas as afinidades já se foram e agora as pessoas só estão unidas por compaixão (pena) uma pela outra.

Esse processo pode acontecer de varias formas, quantidade de tempo e de varias maneira possíveis, podendo até ser contornado, quando as pessoas se separam e resolvem voltar a viver juntos, pois a falta é o grande combustível para esse "amor".

Mas esse processo não pode ser interrompido! E por que não existe o amor entre os seres humanos que querem viver ou conviver juntos? Pois o amor é imortal (e com isso não pode ser compreendido) e nós somos efêmeros. E no final o que sobra é uma GRANDE PAIXÃO.