terça-feira, novembro 22, 2005

Amar

Talvez não diga nada além,
Do que foi dito, por mim,
Entretanto dessa vez há um porém,
Essas novas palavras,
Correspondem a um real sentimento.

Não que todas as outras,
Não tenham sido reais,
Tampouco que não tenham,
Lhes faltado sentimentos,
Mas desta vez,
O sentimento é exacerbado!

Posso desta vez,
Ser considerado piegas,
Ou um tanto leviano.
Mas qual amante não é?

Todos aqueles que amam,
Fazem comparações absurdas,
Crêem que na existência de algo,
Que eles próprios não podem suportar,
Acreditam que o mundo é mais belo,
Do que a própria beleza!
Fazem do real o seu verdadeiro ideal!

Foi isso que encontrei em ti!
Um ideal realizado,
Uma existência externa,
Que chego a chamar de eterna,
Pois esse viver é algo mais.

Foi esse algo mais que encontrei em ti,
Coisas que só são encontradas na perfeição,
Não quero dizer-te, aqui, que tu és perfeita,
Isto está longe de ocorrer,
Ainda bem!

O que estou me referindo,
É que sem dúvida, você tem seus defeitos,
Quem não tem?
Todavia são as imperfeições mais belas,
Que eu já vi em minha vida.

São tão fáceis de se aceitar,
Que chega até ser ridículo,
Não querer te amar!

É nesse mar de facilidade que quero me aprofundar,
Quero descobrir a cada dia mais, teus gostos,
Teus vícios, tuas virtudes,
Teus carinhos, teus maltrates,
Tuas tristezas e alegrias
Quero saber de tudo,
Quero me afogar naquilo que seja você,
Ir fundo na unidade contigo.

As coisas são de tal forma,
Que enfrento mares e montanhas,
Para estar ao teu lado,
Em qualquer manhã.

Sei que essa é uma idéia vã.
Mas isto pouco me importa!

O que me importa,
É estar ao teu lado,
Sentir o teu cheiro,
E segurar em tua mão!

Segurar a tua mão...
Gesto mais singelo e puro,
Quiçá seja o gesto que mais traduza o amor.
Pois a mão somente é estendida,
Para quem precisa,
No entanto os amantes,
Dão-se as mãos de forma igual,
Como se falassem:
- Preciso de ti nesta hora!

Mesmo que tu, ainda, não sintas,
O mesmo que sinto por ti,
Quero que tu sejas livre,
Para um dia me querer,
Se isso acontecer,
Almejo segurar em tua mão,
Representando pela primeira vez,
A frase:
- Te amo!

Porque, hoje,
Estar contigo,
De certa maneira,
É encontrar-me!

segunda-feira, novembro 21, 2005

Se Formatando a informação

Digamos que exista um fato,
Histórias contadas sobre este,
Nem sempre são verdadeiras,
Ou poderia dizer quase nunca?

Se há alguma verdade,
Ela se perdera,
Com a criação de outras versões,
Contando agora a aversão aos fatos!

Com isso, mesmo que sejamos verdadeiros,
Estaremos mentindo,
Nem sempre para nós mesmo,
Mas sem dúvida para a verdade!

Sempre formamos essa matéria,
Sem forma,
A nossa imagem e semelhança.
E o que era informação,
Passa a ser formatação!

Perdoe-nos ó verdade!
Pois esquecemos de ti.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Só sabemos esperar

A dor é grande,
E a garganta aperta demasiadamente!
As lagrimas caem mais uma vez.

Talvez o pior da morte,
Não seja o fato de que a pessoa se foi,
Mas que esperamos de mais por fazer as coisas!
E fica tudo, feito pelo não feito.

Espera-se muito tempo,
Até o tempo se acabar,
Assim vamos vivendo,
Até o final.

Quando menos esperamos, ele acontece!

É o fim.

Será?