sábado, novembro 20, 2010

Nunca termina.

Os homens quase nunca terminam.
Digo quase nunca,
Porque existe apenas um motivo,
Que os levam a fazer isto.

Na verdade, esse motivo,
Pode ser divido em dois.
Mas que no fim,
Se entrelaçam num único feixe.

E o único dúbio motivo,
Que faz os homens terminarem,
Com suas preciosas mulheres,
É nada mais, nada menos que a traição.

Um homem traído,
Se sente menos homem,
E ser menos homem,
Acaba com a macheza,
Que é a arma andrógena.

E é por perder essa tal arma,
A arma da alma masculina,
Que é a macheza,
Que os homens buscam outras armas,
Mais concretas, para matarem ou morrerem.
Porque pensam que assim, limparão suas honras.

Mas talvez, pior que a traição concreta,
Seja a dúvida da traição...
Essa mata mais que a certeza, com certeza!
E é o outro motivo pelo qual os homens,
Terminam com suas preciosas mulheres.

Pior que saber que se foi traído,
É ter a leve impressão de sê-lo.
E antes que se mate ou morra,
Por apenas uma dúvida.

Os homens preferem matar a relação.
Não lavam sua honra com sangue,
Porque assim, não há nada para ser lavado.
E saem por cima com sua macheza.

Sem esses dois motivos, que de fato, são um,
Não há para os homens, uma só razão,
Que os levem a terminar qualquer relação.

Uma relação por pior que seja,
Ainda é útil para os homens.

Mesmo que uma mulher seja feia,
Mesmo que uma mulher seja confusa,
Mesmo que uma mulher seja chata,
Mesmo que uma mulher seja ignorante,
Mesmo que uma mulher seja abstêmia,
Ou mesmo que ela more longe.
Ou ainda por qualquer outra razão.

Nada disso leva aos homens,
A se separarem de suas preciosas mulheres.

Se separar de uma mulher,
(Sem que esta o tenha traído)
Seria jogar o ouro fora,
Só porque este está cheio de poeira.

Então, uma mulher é como ouro,
Sempre é bom ter guardado,
Em caso de turbulência de mercado.
Como garantia para o futuro.

Por isso homens nunca terminam,
E eu como homem,
Também nunca termin...

terça-feira, agosto 17, 2010

Socráticas ou Satíricas?

Todos nós queremos a vida,
Sempre!
Porque é com a vida que podemos,
Desejar, conquistar e gozar.

A conquista do desejo.
Mos traz um grande prazer.
Tendo aqui, o finalizar de um ato.
A atualização do desejo cessa a potência do querer.

E queremos sempre mais,
Sempre mais, sempre mais, mais, mais.

A mensuração do que é maior:
O prazer ou a vontade?
É uma questão semelhante,
Com a do ovo e da galinha.

Porém a vida pode ser classificada,
De boa ou de ruim,
Pela quantificação do prazer que se teve.

Mas há uma ressalva!
Não há maiores problemas,
Em se viver uma vida prazerosa e gozadora,
O problema é quando a busca do prazer não o sacia.

Logo, a potência não se atualiza,
E o circuito não se fecha.
Mas o que se abre é a angústia.

A angústia é a porta de entrada para a dor,
Sendo assim, a busca do prazer insaciável,
Do prazer exacerbado,
Causará na verdade,
O desprazer,
Seguindo a ele a dor.

A dor da incompletude da vida,
Uma dor que se abre e não se fecha,
Porque nada mais a alimenta.

quarta-feira, julho 07, 2010

ERIKA NATHASHA: Terrorista ou Cineasta?

Compreendê-la é qualquer coisa,
De incompreensível.
Melhor mesmo é deixá-la,
Falar...
E que fale!

Fale de tudo o que ela passou,
De tudo o que ela viveu,
De tudo o que ela quer viver,
Que fale de tudo!

Afinal ela é uma artista!
Artista dos filmes de Almodóvar,
Embora suas histórias,
Sejam mais cabíveis,
Num thriller de Tarantino.

Mesmo que algumas partes,
Pareça-nos uma menção a Woody Allen.
Vos digo, nem tudo é o que parece.

De certo, tudo é um mix,
De Faroeste Caboclo,
Com a vida de Frida Khalo.

E quando você perceber isto,
Já vai ser tarde demais...

Já estará entretido,
Com suas histórias,
Suas vidas e suas memórias.

Porque ela pode se perfazer,
De vários modos,
Mas sempre haverá uma essência,
De ser sempre muito,
MUITO!

sexta-feira, junho 18, 2010

TIM TIM

La elegía de la cerveja

Soa os copos em alguma mesa de bar
burbujas y rostros se prefiguran mientras se escucha un tim tam
é o inicio de tudo... dois sons que mais parecem a mais bela sinfonía
acordes se encabalgan. Giros acuáticos comienzan.

Nos metemos assim num oceano de tom amarelado
medusas eléctricas, tim tim, repican como campanas
nos deixando assim atordoados
amarillos los ojos, cerebro amoratado.

Tim tim: o som com o qual afogamos nossas mágoas e banhamos nossas alegrias...
¡oh! existencia hedónica, dionisiaca y epicúrea nos consagra
dê-nos tua força para atravessar este oceano!
peregrinaje en caminos de cebada, tim tim, levadura va a evacuar: a vida mesma.

Autores: Rafael Barreto
Zahira Rico

quarta-feira, maio 12, 2010

FIAT LUX.

O amor é a única verdade que temos,
E por ser nossa única verdade,
É o único capaz de nos levar à eternidade.

Porém, enquanto a eternidade não nos chega,
Se faz importante desvendar como esta verdade amorosa,
Elo eterno.
Participa das incongruências efêmeras de nossa história fugaz.

Não duvido que haja relação entre as coisas eternas e as coisas fugazes.
E outra certeza que tenho é que o atrito nos proporciona muitas coisas.
Com isso, a inércia não nos leva a coisa alguma...

É o movimento, juntamente com o contato, que gera a dinâmica do atrito,
Por isso, estou tentado a dizer que, é o contato juntamente com o movimento,
Que gera a dinâmica do amor, neste mundo fugaz.

Quanto mais contato tiver, mais movimento terá,
E o amor, como chama, mostrará a sua luz eterna.
Esta luz nos guiará à eternidade.

terça-feira, março 09, 2010

Na varanda tem uma rede.

Se os olhos são a janela da alma,
Sem dúvida alguma,
Os óculos são,
A sua varanda...

... e por esta varanda,
Eu acabei entrando em sua vida.
Sem pedir muito sua permissão.

Nos enredamos em pensamentos,
E com essa rede, já formada,
Fincamos uma ponta e a outra na parede,
Para podermos descansar e nos balançar,
No balanço da filosofia,
Depois de qualquer dia estafante.

E fui percebendo que a cada dia mais,
Como era boa esta rede.
Assim como cada balanço,
Mostrava-nos, agora, o que somos,
Um para o outro.

A rede fincada na varanda,
Nos apresenta, também, vários lugares,
A Av. Paulista, o Cristo Redentor, a Lapa,
Ou até mesmo qualquer Pub de Dublin,
Local que ainda somente conhecemos,
Através de nossos espíritos e vontade.

E pensando bem,
Nesta rede formada,
Que no início não existia,
E hoje já é realidade.

Já não é somente sua,
Ou somente minha.
Porque já se entrelaçaram os nós.
Entre nós.

Então, é com profunda certeza,
Que afirmo, singularmente,
Que quero a cada instante,
Me embriagar nesse nós!

Seja num chopinho na Lapa,
Ouvindo uma música,
Ou discutindo filosofia.

Deste modo, serei muito mais eu,
Porque não haverá mais distância,
Entre: eu, você e os nós e nós.

(Homenagem à Talita B. Fornereto, a quem às vezes chamo carinhosamente de Tamoji!)

segunda-feira, janeiro 25, 2010

A Verdade agoniza, mas não morre.

A verdade tem uma força incrível,
Ela é a chave-mestra da humanidade.

A verdade nem sempre é factual,
Mas quem precisa de fatos,
Quando o amor proclama sua vontade!

Não há diferenças,
Entre o amor, a verdade e a vida,
De fato, são todos uma mesma coisa.
Três vertentes de um mesmo ser.

E assim, poderíamos aqui,
Transcrever poeticamente,
Toda uma gama de jogo de palavras,
Com esses três conceitos únicos,
Para elucidar o que eu quero dizer.

Mas o que eu lhes quero realmente dizer,
Amigos leitores,
É que uma verdade não morre,
Porque dentro dela está o amor.

Mesmo que muitos a queiram esquecer,
Tentando fazê-la desaparecer,
Mesmo que ninguém mais cite:
Esta trindade: Amor, verdade e vida.
Mesmo assim, ela nunca será mentira!

O que nos resta,
Não é salvaguardar a verdade,
Ela já é eterna porque é vida.

Mas anunciá-la,
Para que esta possa a cada dia,
Frutificar novos amores.
Tornando mais verdadeira a própria verdade.