sábado, junho 25, 2005

Perdi a perfeição

Perdi a perfeição!
Será difícil encontrá-la novamente,
Ela era tudo que eu precisava,
Mas não soube aproveitar!

Tentei não forçar nada,
Fui deixando acontecer,
Até que quando aconteceu,
Já não estava lá.

Nesse instante a pressa foi amiga da perfeição!

Encontrava-me em outro lugar,
No grande momento de minha vida.

Não posso negar que tive chances!
Porém não sei realmente se as tive.
Neste mundo de ilusão,
É difícil reconhecer a verdade.

Será que existe alguma verdade?
Se existir a verdade,
Então eu a omiti.
Omiti a verdade para ter tranqüilidade.

Tranqüilidade essa, que se acabou,
Quando me convenci de a perfeição não me acompanhava.
E nem podia me acompanhar,
Porque a perfeição habita ao lado da agilidade!

Creio até que a perfeição ame a agilidade,
Pois para que cheguemos à perfeição,
Como dizem: é preciso ter calma!

Sendo assim, a perfeição não procura à calma,
Pois nós já lhe oferecemos!
Todos amam aquilo que não tem!
E por isso a calma não faz falta para ela,

Ofereci coisas que ela já tinha!
Dons repetidos,
Não completam ninguém
Por isso eu não a completava.

Mas como eu, um simples mortal,
Posso completar a perfeição?
Toda perfeição é perfeita!
E por isso ela é o que ela é.

Tolo fui eu, em pensar que poderia tê-la!
Completar a perfeição é algo humanamente impossível.

Perdi a perfeição,
E será difícil encontrá-la novamente,
O ser humano não deve almejá-la,
Sua aparição nos leva ao sofrimento,
Pois para nós, ela sempre dirá não!

terça-feira, junho 21, 2005

As pessoas se unem umas com as outras para que?

Para tentar preencher suas vidas unas, e se completarem?
Para o simples luxo de ter alguém ao lado?
Para que?

Para selarem o contrato que diz, que ninguém deve ficar só neste mundo?
Para terem com quem contar depois que ficarem velhos?
Para serem vistas na sociedade de modo diferente?

Para aprender com a outra pessoa?
Para ensinar a outra pessoa?
Para não aprender e nem ensinar?

Para não ter mais medo de escuro?
Para não ter mais pensamentos absurdos?
Para não ter mais erros e apuros?

Para poder viver intensamente?
Para poder viver com mais calma?
Para poder viver deliberadamente?

Para rimar como eu estou rimando?
Para pensar como eu estou pensando?
Para falar como eu estou falando?

Para que eu não rimei nos primeiros versos?
Para que eu não os escrevi poeticamente?
Para que esta questão veio à minha mente?

Para que as frases?
Para que as frases negativas e positivas?
Para que as frases que falam da união?

Para que?
Para
que?

Chega de para quês?
Agora espero saber a resposta da minha pergunta!
Para sentir a paixão, para serem amadas e para darem amor!
Pois o amor serve para contaminar com os seres-humanos!

Viva o amor!
Viva o amor insanamente!
Viva-o como gente!

Mas para que?
Para que!?
Depois a gente vê!

quarta-feira, junho 15, 2005

Dor Lancinante

Dor lancinante,
Fez-me passar por amado,
Para depois me passar por amante,
E agora estou condenado.

Sabe quantas horas diurnas,
Passei pensando em ti?
Isso sem falar nas noturnas,
Toda noite sem dormir.

Por favor, não me ligue mais!
Não gaste mais o seu dedo,
Pois saiba que meu grande medo,
É ser passado pra traz.

Se algum dia me encontrar,
Na calçada,
Não pense que vou olhar,
Pra você minha doce amada.

Fiz tudo o que você quis,
Tentando te fazer feliz,
E como você me agradece?
Fica com outro. E me esquece.

Não espero que entenda minha desilusão,
E nem quero que isso aconteça,
Quero que devolva meu coração,
Antes que desapareça!

Mas não fique culpada,
Pelo o que eu falo,
Se ficares preocupada,
Então, sendo assim, eu me calo.