terça-feira, fevereiro 15, 2005

Sem Título

Antes de qualquer coisa,
Explicarei porque parei de falar de amor!

Pensei,
Que já estivesse saturado.
Depois de todos os versos que já fiz,
E toda as formulações mentais sobre o assunto.
Resolvi parar, pois achei que não havia nada mais a dizer!

Enquanto isso:
Embrenhei-me em outros caminhos,
Alguns muito confusos,
Confesso!
Alguns outros, são bobagens,
Nada mais que isso!

Mas caminhos, são caminhos,
Todos eles têm um fim!
Ainda não encontrei nenhum!
No entanto não costumo desistir facilmente.

Lá vou eu, novamente,
Por vias que não entendo!
É melhor voltar ao ponto,
Antes que me perca.

Relatarei porque nunca mais falei de amor,
Agora, neste instante:
ESQUEÇA A SEGUNDA ESTROFE!
O que é a segunda estrofe, diante da ultima.
A ultima sempre é o fim!
A primeira o começo.
A segunda é só um meio,
E como meio, não tem em si uma finalidade!

Mas a estrofe anterior, também não pode se gabar!
Assim como a segunda ela também foi usada.
E como todas a outras serão, até que eu canse de escrever e você de ler!
Mas não se canse ainda!
Estes desvios todos, são somente para fugir de falar de amor!

O amor...
Ah o amor!
Tantas vezes dito,
E tantas vezes fingido!

Se fossem verdadeiras todas as vezes que falei de amor!
Teria sido um dos homens mais amados do mundo.

Entretanto não fui.
Nem verdadeiro,
Nem amado!

De que adianta, gastar palavras,
Se não são verdadeiras,
Tão pouco sentida?

Garanto-lhe que nada!

Nada!
A única coisa que não se pode amar!
Quem ama, ama alguma coisa!
E o nada não serve para ser amado.
Ele não corresponde a nada.
Descobri, agora, que só corresponde a ele mesmo.
Fecha-se no mundo do vazio.

É justamente por compartilhar do nada,
Pois não fui amado!
Que cheguei a conclusão que devia me calar.
E não falar nada, ou falar do nada!

Pois o amor é tudo!
E tudo eu nunca senti.


(dêem um título)