terça-feira, janeiro 25, 2005

EM CADA DESPEDIDA UMA LÁGRIMA

Em todas as despedidas sempre caem algumas lágrimas,
Que depois de sentir toda a pele do rosto,
Pode desembocar na terra,
Que a absorve rapidamente!

Essa emoção da partida,
Mesmo sabendo que o retorno é quase certo,
Deve ser causado pelo medo,
Ou pela saudade antecipada.

Se for causado pelo medo,
Digo-lhe que farei de tudo para retornar,
Se depender de mim,
Estarei aqui para continuar minha vida!

Se for fruto da saudade,
Sabe que ela é recíproca,
E esta que me fará volver ao lugar de partida,
Pois a saudade é a força magnética das relações!

O combustível da saudade é a falta,
E a falta só é sentida quando se esta longe,
Logo estar longe é essencial para o reatar dos laços!
Mas é preciso dosar este combustível, para que ele não seja de mais.
Pois muita falta gera esquecimento!

Esquecer uma relação é o fim!
Seu final se torna trágico,
Sem combustível, sem força e sem atração!
E a lágrima que pode escorrer da face,
Não é mais de saudade e sim de nostalgia!

Da relação que despediu,
Sem passagem de volta,
Pois o expresso do tempo!
Não faz o retorno sozinho!

sábado, janeiro 15, 2005

FIEL PENSANDO NO CÉU

Parece que todo o universo,
Foi criado somente para nós,
Não conseguirei exprimir em versos,
O momento em que estivermos a sós.

Enquanto esse momento se aproxima,
Basta-me apenas te admirar:
Olhar o teu olhar, o seu jeito de falar,o teu perfume cheirar.
Então para expandir minhas emoções e assim de tudo ficar por cima,
Um dia te darei um abraço bem apertado e sentirei seu beijo molhado.

Minha deusa que desce das alturas,
D´um mundo em que brota o elixir,
Diante de todas as outras fulguras,
Fazendo de principio o império sorrir!

Digo-lhe uma verdade:
Diga-me onde quer ficar
Porque também quero estar.
Aceite isso com sinceridade.

Pois isso é uma grande verdade!
Não me importa as condições de tempo e espaço,
O que você quiser eu faço.
Dou-lhe até minha liberdade!

É me entregando,
Que espero te ter, isso se você quiser.
Escute o que estou te falando:
Quero te ter mulher!

Desculpe se estou sendo tão evidente,
Mas não posso controlar minha mente,
Basta pensar em você,
Você, você, você...

terça-feira, janeiro 11, 2005

Maldito Erro

Sempre é difícil,
O caminho de um começo!
Pois ele é que dará inicio a todo o resto.
Se errar agora, tudo mais estará amaldiçoado!

Por isso o começo deve ser bem trabalhado.
Para que não caia na maldição de um final errado.
Esta maldição realmente assusta:
Chegar no fim de algo e descobrir (ou não) que todo o caminho percorrido,
Não é mais do que um erro. Algo que não serve e deve ser descartado.

O tempo em que se perde em um erro,
Vale por dois de um acerto.
Pois um errar pode ser mais rápido do que acertar,
Mas quando se erra é preciso inventar outro modo de começar.
E o começo sempre é difícil e por ser difícil é demorado.

O erro é um deserto,
Quando estamos com sede,
Um gelo quando estamos com frio,
Um outro amor quando estamos enamorados.
Um erro de nada adianta, de nada complementa,
Só atrapalha.

Queria eu começar sempre acertando!
Fugir do erro logo de cara,
Mas por muitas razões,
E uma delas porque sou humano,
Erro!
Errar é humano.
Tanto no começo como no fim!

Não há como saber se erramos,
No começo ou no fim.
Justamente porque os meios não nos indicam nada.
Os meios que seriam os nossos informantes,
Se calam!
Ou nós não os escutamos.

Mas para que escutarmos algo que está errado?
Para sabermos onde está errado.
Mas isso não adiantaria,
Pois somos humanos e erramos.

Somente no fim descobri que foi um erro escrever tudo isso! Terei de começar novamente...

domingo, janeiro 09, 2005

Elementos da Desgraça Humana

O espaço aguarda,
O calor da tristeza.
Todo o universo,
Frio e sem emoção!

Choram aqueles que esperam a vida,
Pois não há futuro para além da eternidade.
Tudo é tão perfeito, que se esqueceram do que é.
Estagnados com o lume superficial do ser humano.

E a terra que suporta calada as esperanças,
Ri das nossas idéias, mesmo sabendo que pensamos em destruir-la.
Vamos terra! Ria enquanto existe o tempo!
Ria das nossas desventuras, que tu chamas: comédia!

Espalha o vento, as intrigas dos macacos sem pelos.
Transparente na maioria das vezes, pois tem medo de mostrar-se.
Sua face não só espantaria o movimento como também o repouso.
Sopra-se mais forte nos locais sem proteção.
Coitado dos oprimidos!

A água de onde surgiu esta completa miséria,
Talvez seja a maior culpada!
Fez a vida (como diz a ciência) e destruiu os homens (como diz a fé).
Mas ainda estamos aqui! Mas o mesmo não podemos dizer sobre a vida!
Talvez tenha corrido rio abaixo, para leitos mais calmos.
Atitude típica daqueles que não agüentam a verdade!

A chama que insiste em se apagar. Não mais queima a desordem.
Ao menos na inquisição ela queimava a ira de quem estava certo.
A certeza de quem produz uma luz inexata. Que nos faz virar a face.
Nem mesmo a verdade suporta a nossa espécie.

Vibremos agora!
Não há mais nada para nos preocuparmos.
Simplesmente porque não há mais nada!
O fogo que ainda queimava a água apagou,
A água que ainda molhava o vento levou,
O vento que ainda soprava a terra parou,
A terra que ainda suportava a vida matou,
A vida que ainda animava o universo sugou.

Não restou um minuto para falar do tempo,
Pois o tempo acabou!

terça-feira, janeiro 04, 2005

A BATALHA

O amor me corre das mãos,
Todas as vezes que me apaixono.
Quase sempre fugindo para as mãos de outrem!
Outras vezes, fica mesmo só.

Sozinha,
A espera de um amor,
Talvez à espera do meu amor!
Talvez, quem sabe?

A dúvida é maior que meu agir,
Minha adversária, e de meus amores.
Deslealmente me ataca:
Pois ela sabe do futuro!

Rotineiramente também o sei,
Perderei mais uma batalha amorosa,
Porque me entregarei covardemente.
Sem mesmo pisar no campo de batalha.

Paro diante do Talvez!
Somente por seu olhar já me curvo!
Tremendo, por temer o que pode acontecer,
Saiu da arena da paixão, querendo nunca ter estado lá!

Esta fuga,
Me consome por dentro,
Fico sem minha vida por algum tempo.
Sem honra, sem vida e sem amor.

Mas com desilusões!

A dúvida ganha duplamente.
Ganha as batalhas do presente,
E as do futuro também,
Pois nesta rotina, sei que perderei,
Não tentarei mais lutar, então!

Darei graças à minha eterna vencedora!
Me aproximarei da solidão.
E com ela farei minha armadura,
Para evitar novas batalhas.

Espero que desta armadura,
Saia uma ligação, com minha nova companheira!
Tal ligação, poderia ser até mesmo afetiva.
De modo que me apaixone perdidamente por ela.

Sentido o fogo ardente de minha paixão,
A dúvida virá novamente me convocar para a arena,
Mas desta vez estarei protegido,
Por minha amada solidão!

Mesmo assim estarei com medo,
Dentro de minha couraça inviolável,
Mas desta vez, não sairei do meu lugar,
Estarei bem protegido.
Minha amada lutará comigo.

Ofuscada pelo brilho reluzente,
De minha armadura,
A dúvida não poderá jogar-me seu olhar,
E pela primeira vez, começarei vencendo.

Alegro-me por sentir o gosto da pequena vitória,
Dispo-me, dolorosamente da solidão,
E sigo enfrente.
Deixando para traz, uma luta que agora não é mais minha,
SOLIDÃO X DÚVIDA.

As duas, que a principio eram continuação, uma da outra,
Pois a solidão era a única companheira que me restava depois de qualquer batalha,
Agora se engalfinham, invejosamente!
As duas já não lutam por mim, mas por outra coisa que já não sei bem o que é.

Vendo está cena,
Virarei meu corpo, depois de passar pelas duas,
Para onde jamais experimentei estar:
No ponto logo após a dúvida.

Lá onde se encontra a certeza,
De que o amor de uma mulher,
Vale mais do que o medo do talvez,
E do que a armadura salvadora da solidão!

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Princípio da Grande Paixão

Bem como é a minha primeira publicação quero lhes apresentar a minha teoria sobre o amor!

PRICÍPIO DA GRANDE PAIXÃO (INEXISTÊNCIA DO AMOR) Embora ainda reluto para coloca-la até agora, vou coloca-la mesmo assim ciente de que causarei transtornos em suas mente.

O que é o amor? O amor é o sentimento mais puro do universo. Sem ele somente haveria o caos e a desordem. Qual a duração do amor? O amor é infinito. Mesmo que se acabe todo o mundo e os outros mundos, mesmo assim ele existirá. Ele independe da nossa existência e de qualquer existência. O amor é o que é. Essencialmente ele.

Até ai todos concordam? Creio que sim! É possível chegar a esse amor com outro ser humano? Tirando alguns iluminados, não! Infelizmente nossa sociedade é muito efêmera, onde tudo é passageiro, não temos consciência do infinito, sendo assim não temos consciência do verdadeiro amor. Como não sabemos o que é o amor não podemos espessa-lo e compartilha-lo com quem a gente "ama". Nossa vida é somente ligada a nós mesmos, o que nos faz perder a cada dia o sentido do amor. O que nós chamamos de amor, não passa apenas de um chorume imperfeito do verdadeiro amor!

Se não é amor o que nós temos? De mais aproximado do amor é o que eu chamo de GRANDE PAIXÃO. E com o relacionamento de um ser humano com o outro, essa grande paixão vai se corrompendo e se modificando em coisas menores. E como se classificam essas coisas menores?

GRANDE PAIXÃO: quando o sujeito acha que ama alguém, e não consegue parar de pensar nele todo o tempo. E faz qualquer coisa por ele. E se sente bem quando esta a seu lado. É o que se chama de amor.

AMIZADE: o sentimento com o passar do tempo a relação vai se extinguindo e vai se tornando cada vez menor, à vontade que existia antes de estar do lado da pessoa já não é tão forte e todas os acontecimentos ligados a essa paixão também perdem a força.

TOLERANCIA: todas as afinidades já se foram e agora as pessoas só estão unidas por compaixão (pena) uma pela outra.

Esse processo pode acontecer de varias formas, quantidade de tempo e de varias maneira possíveis, podendo até ser contornado, quando as pessoas se separam e resolvem voltar a viver juntos, pois a falta é o grande combustível para esse "amor".

Mas esse processo não pode ser interrompido! E por que não existe o amor entre os seres humanos que querem viver ou conviver juntos? Pois o amor é imortal (e com isso não pode ser compreendido) e nós somos efêmeros. E no final o que sobra é uma GRANDE PAIXÃO.