Você sai pelas noites, bem freqüente,
Já com raros sinais de sobriedade,
Somente vê bebida a sua frente,
E esta desce com facilidade.
E pensa sempre com seriedade:
Onde está a felicidade?
Onde está a felicidade?
Mesmo que alegria brote de repente,
No mesmo instante morre sem dificuldade,
Uma piada pode fazê-la presente,
Mas não é nada mais que leviandade.
E pensa sempre com seriedade:
Onde está a felicidade?
Onde está a felicidade?
E beija mais uma pretende,
Embora não passe de fugacidade,
Pois sabe o amor está ausente,
Assim como, também, fidelidade.
E pensa sempre com seriedade:
Onde está a felicidade?
Onde está...?
Poema-paródia de livre adaptação da música de Noel Rosa: “Onde está a Honestidade?”
terça-feira, abril 28, 2009
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3 comentários:
=(
tbm nao sei, poeta
Que belo poema! Eis que, por vezes, deparamo-nos seja no limiar de nossa sobriedade, através de um pouco de bebida, seja por uma ausência presente de tantos estímulos-entorpecimentos do dia-a-dia. Basta abrir os olhos e sentir, sentir que de repente sequer se é capaz de entabular essa bela indagação: "onde está a felicidade?" e quando isso nos acontece é bom que existam versos como os seus. Parabéns, amigo. Bjs, Ale
E fica a pergunta, meu amigo, por onde anda essa tal felicidade? Pra contrariar o poetinha, acho bem possível encontrarmos, mesmo que por vezes, ela se mostre tão fugaz, mas ela não tem fim, por isso a dificuldade de encontrá-la.
Aliás, podemosencontrá-la nesse fim de semana num boteco e em algumas garrifinhas de cerveja junto a uma prosa de adentrar a noite!
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