segunda-feira, agosto 01, 2011

Nastássia Filíppovna: Liberdade.

Sem dar-lhe o direito de escolha,
Introjetou-a em seu mundo,
Esperando, sorrateiro, que ela,
Seguisse suas regras, e lhe amasse.

Porém, depois de criada,
Refez-se, por si mesma.
E tomou a vontade,
Como seu único objetivo...

Quase tudo era permitido:
Sexo, raiva, violência,
Transgredir era sua norma.
Tudo além, repressão.

O desejo era sua marca,
Mais profunda.
Desconhecia limites,
E aqueles que reconhecia,
Desprezava, depravava.

Hoje vive como quer,
Não mais por sua vontade,
Mas para saciar a vontade dos outros,
Muitos outros.
Agrada-lhe ser objeto, abusada, abjeta.

Em seus gestos, um ideal:
Poder ser amada e corresponder,
Aos desejos de seu criador.

2 comentários:

suende disse...

Nossa!!!
Parabéns!!!
Adorei essa poesia; forte e muito reflexiva.
Beijos

Talita disse...

muito tempo que não passava aqui! adorei o poema, queridão!

beijos!