Como é difícil viver de poesia,
Se houvesse essa possibilidade, a faria,
Entretanto sei que passaria muitos dias,
Com minha barriga vazia!
Porque as palavras se perderam,
Tornaram-se meros símbolos,
Sem significado.
Não por falta,
Mas por excesso.
Bom era o tempo do duplo sentido,
Quando se podia brincar com as palavras,
Induzindo o que se queria dizer,
Sem que o leitor fosse perceber.
Seguindo uma idéia em linha reta.
Hoje esse caminho está tortuoso!
Não há mais como induzir o leitor,
Para que ele dance conforme a música,
A música pode ser a mesma, mas os ouvidos são outros.
Obviamente não deixarei de dar meus passos,
Muito menos de cantar minhas canções,
Pois não sou eu quem faz as poesias,
É a poesia que me faz.
Se hoje está tão difícil viver de poesia,
Pelas palavras trazerem com elas diversas outras,
A solução é mudar o sentido,
E fazer do agora uma poesia de vida.
terça-feira, agosto 23, 2005
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