Onde vivo na realidade?
Se antes de acordar realizo todos os meus anseios.
E quando me desperto,
Vejo que tudo não passou de uma grande quimera.
Com o passar do tempo,
Desisti de meus sonhos infantis:
Aqueles em que eu voava,
Conversava com os animais,
Tinha super-poderes,
Ou simplesmente prolongava noite à dentro,
Minhas brincadeiras diurnas.
Ano após ano,
A fantasia se enchia de realidade,
Aquelas ilusões da infância,
Foram contaminadas pela rotina.
Não mais como continuação dessa,
Mas como resolução de meus enigmas diários.
Daqueles problemas que não consigo,
Resolver nas horas que passo acordado.
Nas poucas horas em que me deito na cama,
Vejo todos eles definidos.
Não de maneira mágica,
Mas por minhas próprias ações.
Hoje, no meu mundo dos sonhos,
Posso ir a Europa e voltar, antes que acorde,
Trocar idéias e afetos com pessoas que estão longe,
Superar todos os meus medos e dizer: eu te amo.
Aspirar à felicidade querida na realidade.
Minha indagação não é sobre o sonho ou o real,
Mas a que mundo eu pertenço, em qual sou livre.
Talvez fosse melhor não tornar absoluto,
Nenhuma dessas duas realidades,
Mas acolher o melhor das duas.
Se um dia eu alcançar,
Essa consonância,
Descobrirei categoricamente o meu lugar,
Entre o sonho e o real; ou seja: a poesia!
terça-feira, setembro 05, 2006
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